segunda-feira, 15 de março de 2010

Comissão de Anistia e universidades federais firmam parceria (noticia extraída do site do Ministério da Justiça)

Esperamos que esse grupo de trabalho consiga, finalmente, entender o que é perseguição política e como ela foi feita no interior da caserna.
A história do Brasil precisa ser contada por quem conhece a verdade de perto.

05/03/2010 - 12:26h

Comissão de Anistia e universidades federais firmam parceria


Brasília, 05/03/2010 (MJ) – O grupo de trabalho do projeto Marcas da Memória: História Oral da Anistia no Brasil realizou, no dia 1º de março, a primeira reunião para definir o cronograma de trabalho. O projeto prevê o registro e organização de entrevistas com pessoas cujas histórias de vida são atreladas à resistência nos períodos de repressão, - principalmente de pessoas contemplados pela Lei n.º 10.559/02 – com o objetivo de construir acervo de fontes orais, audiovisuais e escritas sobre as trajetórias dos entrevistados. A partir dos testemunhos desses indivíduos e grupos ligados à resistência política ao autoritarismo, cujos pontos de vista foram, ao longo do tempo de duração da ditadura (1964-1985), sufocados, é possível resgatar a relevância desses atores sociais, hoje ativos participantes do processo de construção democrática brasileira.

A relevância de iniciativas como o Marcas da Memória está em sua contribuição para a reconstrução da memória dos períodos de repressão vividos pelo país no passado e pela consolidação do processo democrático brasileiro em curso. Este projeto insere-se nos esforços da Comissão de Anistia/ Ministério da Justiça e das demandas da sociedade por esclarecer e reparar os crimes cometidos pelo Estado. Nesse sentido, valoriza os registros da memória para a escrita da história recente, sobretudo em momentos históricos de violência, repressão e genocídio, como os vividos na América Latina. Dentre os desdobramentos da pesquisa, destaca-se seu importante papel na formação educacional e cidadã da população brasileira. A parceria entre a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça e as Universidades Federais participantes do projeto, envolvendo alunos e professores, cria possibilidades e horizontes para análises e reflexões direta e indiretamente ligadas aos impactos sociais, políticos e culturais dos anos de repressão no Brasil.

Um comentário:

vera disse...

Sou remanescente da ditadura/1964.
E até hoje sofremos. Acredito que a página desta historia seja virada, pois muitos já morreram e outros morrerão sem reaver seus direitos adquiridos. Meu pai chega a pedir a morte, do que continuar com este pesadelo em sua vida.
É certo que uma nação verdadeiramente democrática se constrói sob pilares éticos, sólidos e verdadeiros, onde o respeito aos direitos humanos e a verdade histórica devem sempre nortear seus fundamentos, sendo dever de cada um de nós.
Defender a Constituição da República e as leis, para que possamos deixar para os futuros brasileiros um país melhor e uma sociedade mais justa.
As crises são efêmeras, mas o desejo de justiça é permanente.
Obrigada.
Vera Maia